por Débora Evangelista

O respeito e a consideração que você tem pelos outros acontece espontaneamente. Mas esta prerrogativa evolutiva apenas acontece de forma mais simples para aqueles que já desenvolveram em si mesmos a compaixão e a capacidade de amar aquilo que na dimensão do ego não pode mais ser deles próprios, aquilo que se foi. São os términos e as separações os cenários mais comuns para este tipo de aprendizado. Saber encerrar os processos de vida com amor, respeito e consideração é uma arte que bem poucos sabem utilizar. Normalmente os términos são carregados de um tipo de ressaca moral e emocional que impedem o fluir natural. É como que se terminar fosse um grave erro, uma incompetência e assim entre culpas e desejo de liberdade constelam miríades de ressentimentos, brigas, maledicências, insinuações maldosas e sentimento de injustiça. Tais reações são algumas vezes validadas pelas pessoas próximas que com perguntas, comentários e desejo de ajudar acabam por piorar a situação. Cenários assim prolongam a dura sensação que o fim por si e somente oferece. O término é sempre difícil, mesmo que lhe digam que vai passar, mesmo que você saiba que o prazo de validade passou. O importante é não desconfiar do seu amor, da sua dedicação e das coisas boas que foram construídas no relacionamento. A regra de ouro é não desconfiar de si mesmo e nem do outro e não tentar buscar causas no passado. Os momentos vividos foram repletos de verdades e de intensa energia. Mas o tempo e as necessidades evolutivas possuem a capacidade de dissolver a intensidade quando chega um tempo de mudanças ou novo ciclo. Lembre-se de suas boas intenções, acolha esta fase com coragem e busque energia para poder chegar a outra margem do rio. As águas caudalosas e intempestivas do emocional abalado, do coração partido estão lhe dando músculos e estrutura para aprender a arte de ter compaixão pela sua história e pela do outro também. Compreender com amor os inícios e os finais trarão a você a capacidade de amar sem medos e reservas. O coração dói e sofre porque a medida do amor precisa ainda de mais espaço para sua expansão. Seja feliz apesar de qualquer coisa! Expanda este amor. Lindo dia!

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